sexta-feira, 8 de maio de 2009

Voltava para casa, ônibus lotado, engarrafamento, nada mais típico para o Rio de Janeiro.
A mochila estava pesada, livros, livros e mais livros, as vezes penso que o conhecimento poderia ser menos volumoso. Mas, se por enquanto é assim que ele se manifesta, prefiro não protestar.
Puxei a cordinha e caminhava distraidamente pela rua das laranjeiras.
Andei reto, parei na locadora, me perdi dentre tantas coisa. Vídeos, livros e café..tudo ao mesmo tempo...me parece um crime não parar um pouco, sentir aquele aroma, apreciar aqueles livros e olhar todos aquele filmes querendo alugar, pelo menos, metade deles.
Passados trinta segundos, organizei minhas ideias e me conectei ao planeta Terra. Finalmente me convenci que poderia alugar apenas um filme...
Eram tantos...taaaaaantos...passados mais alguns minutos resolvi sortear algum e contar com a providência divina. Passei a mão descompromissadamente e aleatoriamente puxei uma caixa.
OLGA. Judia, comunista, mulher, revolucionária. OLGA.
Seria um bom filme?
Em plena quinta-feira?
Aluguei.
Assisti.
Parece romântico demais dizer que me senti inpirada, que voltei a acreditar em certos valores que muitos consideram utopia.
Mas, reencontrei meu espírito revolucionário, aquele ideal rebelde e um tanto imaturo, característico de quem acredita que ainda pode mudar o mundo.
E eu descobri. Eu sou assim: insana, criança, imatura, mas cheia de esperança e vontade de mudar alguma coisa.

"Lutei pelo justo, pelo bom e pelo melhor do mundo. Prometo-te agora, ao despedir-me, que até o último instante não terão porque se envergonhar de mim. Quero que me entendam bem: preparar-me para a morte não significa que me renda, mas sim saber fazer-lhe frente quando ela chegue" (Olga para Prestes)